ITENS IMPORTANTES DA COMUNICAÇÃO

(Exemplo de intertextualidade)


Redundância: É um vício de linguagem.  Na escrita e fala, redundância significa a utilização desnecessária, exagerada, repetitiva de palavras numa frase que poderia ser mais curta, pois que teria o mesmo sentido. "Inundar o discurso com palavras, podendo ser frugal" nas palavras de Ana Martins, consultora do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. É o mesmo que 'pleonasmo'. 
Os exemplos na linguagem comum são inúmeros e utilizados a toda a hora: "elo de ligação que faltava" (O elo que faltava),"acabamento final" (acabamento),"Deu-me a mim" (deu-me).

Coesão:  É o conjunto de recursos linguísticos que empregamos em um texto para articulá-lo, interligando seus termos, orações, períodos e parágrafos. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.

Observe a coesão presente no texto a seguir:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”

As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do texto.

Coerência: Um texto pode ser incoerente em ou para determinada situação se seu autor não consegue inferir um sentido ou uma ideia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos linguísticos (pontuação, vocabulário, etc.). A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido; é entendido como um princípio de interpretabilidade.
Veja o exemplo: “As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza do país.”
“Adoro sanduíche porque engorda.”


As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, portanto, são incoerentes.

Aceitabilidade: A aceitabilidade está ligada ao receptor em entender o texto como um todo coerente e significativo, ou aceitar o que está no texto. Ao escrever um texto deve-se pensar para quem ele será destinado, se o receptor conseguirá compreendê-lo, evitando assim que o leitor tenha interpretações erradas do texto.
 Exemplo: É como colocar uma matéria sobre moda em um jornal, ou caderno que fala de política.

Intertextualidade: O diálogo, que por vezes se mantém entre um texto e outro, materializa-se por intermédio de uma ocorrência a qual denominamos de intertextualidade. Nas conversas cotidianas, em circunstâncias relacionadas à linguagem escrita, nas inferências que devemos dispor ao analisarmos uma charge, um cartum, uma história em quadrinhos, na pintura, na escultura, nas obras literárias, enfim, muitas são as circunstâncias em que podemos perfeitamente identificar esse tecer de ideias entre um texto e outro, seja ele verbal ou não verbal.

 Um exemplo na publicidade, em um dos anúncios do Bombril, o ator veste-se e posiciona-se como a Mona Lisa de Leonardo da Vinci, sob o slogan "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima".

Informatividade: A informatividade, ora representada pela qualidade das informações contidas num texto, pode se caracterizar em maior ou menor grau. Um texto cuja modalidade se define pela natureza argumentativa representa, sobretudo, aquele texto em que se atesta a capacidade de o emissor discorrer, defender seu ponto de vista acerca deste ou daquele assunto. Existem textos com menor ou maior grau de informatividade, fato esse que depende daqueles fatores básicos que norteiam a finalidade da escrita: por que, para quê e para quem escrevemos, cujos aspectos, uma vez cumpridos, tendem a fazer com que a interlocução se materialize de forma significativa. Assim, o grau de informatividade, ora dito em outras palavras, define-se pelo nível de conhecimento de que dispõem as pessoas de uma forma geral.

Exemplo: Suponhamos que num texto contenha a presença de um cartum, de uma charge, enfim, e que o discurso contido nesses gêneros aluda  a uma situação que faz parte do conhecimento da maioria dos interlocutores. Diante de tal realidade, afirmamos que se trata de um baixo grau de informatividade.
Já um alto grau de informatividade, costumam destinar-se a um público mais específico, pois se constituem de assuntos voltados para um repertório cultural mais bem elaborado, como é o caso dos textos científicos de uma forma geral.

Situacionalidade: É a adequação do texto a uma situação comunicativa,ao contexto. Nota-se que a situação orienta o sentido do discurso, tanto na sua produção como na sua interpretação. Por isso, muitas vezes, menos coeso e, aparentemente, menos claro pode funcionar melhor em determinadas situações do que outro de configuração mais completa. É importante notar que a situação comunicativa interfere na produção do texto, assim como este tem reflexos sobre toda a situação, já que o texto não é um simples reflexo do mundo real. O homem serve de mediador, com suas crenças e idéias, recriando a situação. O mesmo objeto é descrito por duas pessoas distintamente, pois elas o encaram de modo diverso.  Ex: gírias ( flw, blz, vlw)

Entropia: A entropia na comunicação é basicamente o contrário da redundância. Há uma grande quantidade de informação. A entropia é relacionada com a desorganização da mensagem, quanto mais desorganizada a mensagem, mais entrópica ela é.
Exemplo: Quando se diz “Nevou em Nova York” e depois “Nevou em Maceió”, é normal achar que a segunda afirmação tenha mais informação que a primeira, pois ela é mais improvável de acontecer.

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Júlia, 20, estudante de jornalismo, Maceió - AL.